quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

O que inspirou Reino das Névoas?

Hoje a leitora Natália D. perguntou se busquei embasamento em contos de fadas medievais para escrever as histórias de Reino das Névoas ou se criei tudo desde o início.

Resposta: Um pouco de cada. Em alguns textos você notará a influência clara de contos clássicos como A Bela Adormecida, Branca de Neve, O Príncipe Sapo etc. (Quem já terminou o livro sabe disso.)

Mas RdN não propõe releituras. O resto são decisões de trama que fizeram sentido para mim dentro de cada premissa, afetadas, naturalmente, pela minha bagagem cultural. Li muitos contos de fadas, mitologia e ficção, então as influências são múltiplas.

Por exemplo, O Chifre Negro baseia-se apenas na ideia medieval de que um unicórnio só poderia ser atraído e domado por uma moça pura de corpo e alma (unicórnios simbolizam inocência). Mas há quem diga que o conto lembra A Bela e a Fera, embora essa semelhança nunca tenha me ocorrido, já que o unicórnio nele é uma criatura perigosa e o objetivo da protagonista é salvar a vida do pai. Já a A Outra Margem do Rio baseia-se principalmente numa piada entre meu marido e eu (morávamos em bairros distantes um do outro em São Paulo, separados pelo Rio Tietê), mas também, mais vagamente, num conto de fadas húngaro no qual uma princesa tinha os olhos roubados.

Tudo o que lemos de mais marcante vira referência. ;-)

Um comentário:

  1. Olá, faz alguns aninhos que li seu livro. E me lembro de algumas cenas bem impactantes que mudaram meu jeito de ver esse tipo de cena (Na época nunca tinha lido um livro com muitas cenas que eu julgue fortes demais). Na contra-capa estava escrito que era sombrio. E realmente foi!!! Alguns contos me deixaram tristes, mas gostei do mesmo jeito.

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